segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

'Não escolhi tema de Além da Fronteira por tratar da questão gay, mas por ser uma boa história', diz diretor Filme fala de relacionamento entre um estudante palestino e um advogado israelense

Além da Fronteira conta a história de amor entre Nimer e Roy, que se apaixonam à primeira vista. Seria mais uma história de amor como tantas, não fossem Roy e Nimer dois rapazes. O primeiro é um estudante palestino. O segundo, um advogado israelense.
Não bastassem as diferenças culturais e religiosas entre as famílias de ambos, eles ainda têm de lidar com a questão da homossexualidade em uma terra em que o assunto é mais do que velado. “Diria que é mesmo um tabu. Conheci alguns casais gays que viviam a mesma situação que a do filme. A forma como cada um deles geria esses relacionamentos, com a sociedade e a família, dependia muito da origem deles.
“O que valia a pena era a forma como essas pessoas, seja qual fosse o país, a religião ou cultura, ajudavam umas às outras”, comentou Mayer. “Mais do que fazer um filme político ou panfletário, vital era revelar os dramas humanos, os sentimentos de cada um”, diz o diretor. “Quando um amigo me falou dessa questão real do Oriente Médio, senti que era uma história que tinha de ser contada. Muitos palestinos como Nimer têm de lidar com o problema de não poder viver como cidadão em Israel. E a vida de um casal como o deles fica como?”, questionou o diretor, que já tem outros dois projetos engatilhados para 2014. Um deles é o drama sobre um jogador de futebol americano. “É uma história forte, que também precisa ser revelada. Não escolhi o tema de Além da Fronteira por tratar da questão gay, mas, sim, por ser uma boa história, humana, que vale a pena ser contada.”

 Quando esteve em São Paulo, no início de novembro, para a exibição de seu primeiro filme, Além da Fronteira, no Festival Mix Brasil, o diretor norte-americano Michael Mayer se surpreendeu tanto com o interesse do público quanto da imprensa. “Agora eu sou super famoso no Brasil. Nunca imaginei que tanta gente iria querer conversar comigo sobre o meu trabalho”, brincou ele em conversa com o Estado.

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